Por que apostar no pipeline da liderança

Foto: Freepik

Foto: Freepik


Pipeline de Liderança: o que significa este conceito?

O pipeline da liderança, é uma teoria criada em 2000 pelo consultor Ram Charan em parceria com Stephen J. Drotter e James Noel, que diz que a liderança deve ser desenvolvida de acordo com o perfil e habilidades de cada profissional.

Pipeline significa uma tubulação com diferentes desdobramentos. Charam utiliza esse conceito como metáfora e explica em seu livro que a liderança deve partir de um ponto e gerar ramificações.

Principais vantagens de implementar o Pipeline de Liderança

Ajudar a empresa na identificação de futuros líderes. Analisar as aptidões, potencialidades e fragilidades de cada gestor, auxiliando na criação de treinamentos mais estruturados e eficientes.

Propor um plano de carreira adequado para os objetivos pessoais e organizacionais.

Esses são alguns das vantagens de implementar o pipeline da liderança.

Aqui, as potencialidades e a evolução de cada profissional são avaliadas e os resultados são mensurados com o objetivo de planejar a trajetória de liderança na carreira.

Segundo Renata Ferreira, coordenadora dos cursos de gestão da Unidade Santo Amaro da Universidade São Judas Tadeu, o modelo é aplicável a todos os membros de uma equipe, já que parte da ideia de que é necessário preparar as pessoas para que estejam prontas para assumir novas posições independentemente do atual nível hierárquico que ocupam.

“Além de se tornarem mais ágeis e eficientes no processo de captação, formação e desenvolvimento de suas lideranças, as empresas ganham em resultados, afinal uma boa liderança é fundamental para o atingimento dos objetivos e para o aprimoramento das relações, diz Renata.

Por outro lado, a liderança que se sente valorizada, passa isso a toda a equipe, que se torna mais produtiva e motivada.

NESTE ARTIGO

  • Pipeline de Liderança: o que significa este conceito?

  • Principais vantagens de implementar o Pipeline de Liderança

  • As 6 etapas do pipeline da liderança

  • Etapa 1 – Gerenciar a si mesmo para gerenciar os outros

  • Etapa 2 – Gerenciar os outros para gerenciar gerentes

  • Etapa 3 – Gerenciar gerentes para gerenciar uma função

  • Etapa 4 – De gerente operacional a gerente de negócios

  • Etapa 5 – De gerente de negócios a gerente de grupo

  • Etapa 6 – De gerente de grupo a administrador de empresa

  • Como desenvolver as habilidade importantes do pipeline da liderança

Foto: Unsplash

Foto: Unsplash

Como funciona o pipeline de liderança e como se tornar um líder de alto nível?

Há líderes com vários estilos de gestão e a cada nível gerencial são exigidos novos conhecimentos, aperfeiçoamentos, habilidades e atitudes para superar os desafios que as novas responsabilidades exigem, como explica Renata.

Por isso, o processo de desenvolvimento de liderança proposto por Ram Charan considera seis etapas. Confira as 6 etapas do pipeline de liderança:

Etapa 1 – Gerenciar a si mesmo para gerenciar os outros

Todo profissional é, primeiro, gestor de si mesmo.

Isso quer dizer que inicia como subordinado, aprende com seu supervisor e contribui como indivíduo para a execução das tarefas para que atendam aos objetivos e metas propostos.

“Assim, vai se destacando, se aprimora, começa a receber mais responsabilidades, aumenta a confiança da empresa em seu trabalho e recebe uma promoção, ingressando no estágio um do pipeline da liderança”, explica Renata.

Neste estágio, o profissional deixa de cuidar da execução de tarefas próprias e passa a gerir pessoas, delegando atividades que já domina e criando condições para que sua equipe possa cumprir os prazos com qualidade.

Por outro lado, ele precisa desenvolver novas habilidades referentes ao planejamento do fluxo de trabalho, como inteligência emocional para lidar com os anseios e necessidades do time, mantendo todos engajados. 

Além disso, deve saber lidar com a pressão da gerência ou diretoria por resultados. “Quando o profissional conseguir passar de executor para gestor, está pronto para a próxima etapa”, diz Renata. 

Etapa 2 – Gerenciar os outros para gerenciar gerentes

Neste estágio, é hora de abandonar quase que totalmente as tarefas individuais e o pensamento operacional para ganhar uma visão mais estratégica.

O profissional passa a assumir os resultados de mais de uma equipe, se tornando líder dos líderes.

Essa nova etapa exige mais responsabilidades e habilidades como visão sistêmica e capacidade de analisar cenários de forma crítica e com olhar para oportunidades e soluções.

“A habilidade de selecionar as pessoas certas para cada função, especialmente os gestores de nível 1, é outra competência importante”, afirma Renata.

Segundo ela, o gestor precisa saber identificar os funcionários que têm potencial para a liderança. 

Foto: Unsplash

Foto: Unsplash

Etapa 3 – Gerenciar gerentes para gerenciar uma função 

Na terceira etapa, o profissional passa a ser um gestor funcional, respondendo por uma área do negócio.

“Parece uma mudança pequena, mas exige um elevado grau de maturidade e poder de comunicação, já que as camadas de gerenciamento até chegar aos colaboradores executores aumentam”, explica Renata.

Segundo ela, saber se comunicar de forma clara e eficiente torna-se, fundamental, além da habilidade de gerenciar recursos para entender (e atender) a necessidade das equipes que compõem a sua área.

É preciso, ainda, um conhecimento profundo da área e sua inter-relação com os demais setores da organização, aprimorando o pensamento estratégico, a capacidade de negociação e o processo de tomada de decisão com base nos objetivos gerais do negócio. 

Etapa 4 – De gerente operacional a gerente de negócios

Nesta etapa, o gestor deixa de coordenar uma área específica para gerenciar o negócio, passando, assim, a integrar áreas e gestores.

De acordo com Renata, as responsabilidades se ampliam e novas habilidades são necessárias, como a análise de cenários mais amplos e variáveis mais complexas.

O resultado financeiro também ganha lugar de destaque como uma das principais métricas de sucesso.

“É hora de pensar no futuro da empresa, na busca de parcerias e recursos estratégicos, e ganhos de mercado e de rentabilidade”, diz Renata.

De acordo com ela, é preciso, ainda, conhecer todos os setores da empresa e ter uma comunicação ainda mais efetiva para que os liderados de todos os níveis e departamentos recebam e entendam as orientações e metas.  

Etapa 5 – De gerente de negócios a gerente de grupo

O quinto estágio envolve cuidar de mais de um negócio, valorizar e apoiar várias empresas e atender às necessidades de múltiplos gestores, que estão focados nos resultados de suas unidades.

“Para isso, é essencial ter um pensamento global, com estratégias que beneficiem a todos, ao mesmo tempo em que avalia o potencial de sucesso de cada negócio”, explica Renata. 

Segundo ela, é importante o desenvolvimento de habilidades ainda mais complexas e analíticas para um processo decisório mais ágil, consciente, seguro e assertivo. 

Etapa 6 – De gerente de grupo a administrador de empresa

No último estágio do pipeline da liderança, o gestor de grupos se torna gestor de empresas, o CEO. “Essa fase é mais direcionada aos valores que sustentam as estratégias do que às habilidades”, afirma Renata.

Isso quer dizer que a visão de longo prazo ganha prioridade e que já não basta engajar e motivar equipes e líderes; é preciso inspirá-los, mostrar os caminhos a serem seguidos e garantir que comuniquem a visão e valores da empresa para seus liderados e colaboradores.

“Trata-se de um processo focado na inovação e na mudança de estilo de vida, já que o gestor passa a personificar a marca e os valores organizacionais”, explica Renata.

Foto: Unsplash

Como desenvolver as habilidade importantes do pipeline da liderança

O primeiro passo é compreender que a liderança é uma habilidade que se desenvolve e, a partir daí, passar a enxergar a si mesmo e os integrantes da equipe como pessoas capazes de se tornarem líderes. 

Além disso, é preciso entender que a liderança é um processo evolutivo. “Ao assumir uma posição, virão novas responsabilidades e a necessidade de aprimoramentos de conhecimentos e habilidades.

Trata-se de um processo que não se encerra com a promoção e, sim, que é construído a cada nova etapa”, diz.

Dessa forma, para se manter neste processo é preciso investir no autoconhecimento para entender suas fragilidades e potencialidades, seus objetivos e o que é preciso para alcançá-los.

“A partir disso, é hora de traçar o caminho, definindo um projeto de vida ou um Plano de Desenvolvimento Individual, o chamado PDI, e segui-lo com o aprimoramento de conhecimentos e habilidades”, diz Renata. 

Foto: Unsplash


Há, ainda, algumas formas de desenvolver habilidades de liderança, como manter-se atualizado sobre o assunto, com a leitura de livros e conteúdos relevantes, e sempre atento às tendências.

Também é possível fazer cursos, treinamentos ou buscar um profissional especializado para ajudá-lo a construir o seu projeto de vida, como um coach ou um mentor.

“Líderes de alto nível precisam inspirar e transbordar paixão pelo trabalho e negócio que representam”, completa Renata.

Não se trata de uma jornada simples, mas com um propósito claro e com metas e objetivos bem definidos, é possível traçar um caminho bem-sucedido rumo à liderança.

Prepare-se para seu próximo nível no pipeline da liderança, fale com o nosso time e trace um plano.  


Sobre o autor:

A Woke é uma empresa de executive search e desenvolvimento de carreira,  acreditamos que pensar em carreira não tem hora.

Nascemos em 2016 pelo inconformismo no modo de operar as relações de trabalho. O mundo está em constante evolução, a tecnologia impulsionou mudanças em diversos setores do mercado, e pensar as relações de trabalho não poderia ser diferente.

Leia mais

Anterior
Anterior

Modelo híbrido de trabalho requer planejamento e olhar atento ao estilo de gestão

Próximo
Próximo

Transição de carreira ganha forma na pandemia